Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O DIA INTERNACIONAL DO LIVRO

O Dia Internacional do Livro e dos Direitos de Autor comemora-se hoje, a 23 de Abril. Desde 1995 que, por iniciativa da UNESCO, se celebra em todo o mundo o prazer da leitura.imgres.jpg

O genial e irreverente Daniel Pennac - escritor francês - em Como um Romance, proclama:





imgres.jpg




Ei-los, os Direitos Inalienáveis do Leitor

O direito de não ler.

imgres.jpg

O direito de saltar páginas.

imgres.jpg

O direito de não terminar o livro.

imgres.jpg

O direito de reler.

imgres.jpg

O direito de ler não importa o quê.

imgres.jpg

O direito ao “bovarysmo” (doença textualmente transmissível).*

imgres.jpg

O direito de ler não importa onde.

O direito de “colher aqui e acolá”.

O direito de ler em voz alta.

O direito de não falar sobre o que leu.


* Bovarismo s. m. (fr. bovarysme; ing. bovarism). Tendência patológica para se idealizar, para se identificar com uma personagem que se admira ou que se inveja a qualquer título (pela sua fortuna, pela sua importância, pela sua posição social, etc.). Ling.: Segundo Madame Bovary, romance de Gustave Flaubert. Trocando em miúdos; uma visão deturparda de si mesmo, uma autoconcepção diferente da realidade ou se pretender ser o que na verdade não se é. (Larousse)

"O desaparecimento da leitura em voz alta é muito estranho. O que teria Dostoievski pensado disto? E Flaubert? Já não há o direito de colocar as palavras na boca antes de as meter na cabeça? Já não há ouvidos? Já não há música? Já não há saliva? As palavras já não sabem a nada? O que é que se passa? Não declamou Flaubert a sua Bovary em altos gritos, até furar os tímpanos? Não estará ele definitivamente melhor colocado do que qualquer outro para saber que a compreensão do texto passa pelo som das palavras, de onde deriva todo o seu sentido? Não saberia ele como ninguém, ele que tanto lutou contra a música intempestiva das sílabas, contra a tirania das cadências, que o sentido se pronuncia? Então? Textos mudos para puros espíritos? Rabelais, ajuda-me! Flaubert, Dosto, Kafka, Dickens, acudam-me! Gigantescos anunciadores de sentido, venham cá! Venham soprar nos nossos livros! As palavras precisam de corpo! Os nossos livros precisam de ter vida! (…)"
Daniel Pennac ( pp. 164-165)

De facto, Pennac, atenta ao longo desta sua obra fantástica, nos porquês da inapetência dos jovens de hoje para a leitura. Problemática que, aliás, tem sido sobejamente discutida pelas famílias, professores, educadores, órgãos de comunicação social, enfim, pelos mais variados actores sociais intervenientes no processo educativo. Esta questão é abordada pelo autor com um enorme sentido de humor mas, ainda assim, de forma séria, pertinente e responsável; demonstrando que o verbo ler não suporta o imperativo e, como tal, não pode ser conjugado por obrigação. Assim, ler é/deve ser um prazer, desenvolvido, de preferência, desde muito cedo e “em voz alta”.

Por falar em prazer de ler..
Escolhi para assinalar o dia de hoje A MAIOR FLOR DO MUNDO, de José Saramago.


Escolhi para assinalar o dia de hoje A MAIOR FLOR DO MUNDO, de José Saramago.
.cover-145590-600.jpg

Sabias que José Saramago tinha escrito um livro para crianças dos 7 aos 77?

"A Maior Flor do Mundo" conta a história de um menino que vai até ao fim do mundo para salvar uma flor. Ou ainda, como diz o Nobel da Literatura, é "uma proposta para as crianças reinventarem outras histórias". As ilustrações são de João Caetano.


"E se as histórias para crianças fossem de leitura obrigatória para os adultos?

Seríamos realmente capazes de aprender aquilo que há tanto tempo ensinamos?”

José Saramago


Inspirado na obra “A maior flor do mundo”, de José Saramago, Juan Pablo Etcheberry realizou esta maravilhosa curta-metragem. A narração é feita pelo próprio autor e personagem, José Saramago (Prémio Nobel da Literatura, em 1998).

Não podia deixar de a partilhar convosco. Está uma delícia!




Direcção: Juan Pablo Etcheverry
Guionista: Juan Pablo Etcheverry (adaptada de
A maior flor do mundo, de José Saramago)
Ilustração: Diego Mallo
Produção: Chelo Loureiro
Música: Emilio ARAGÓN

(Vídeo extraído de elpais.com)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

DIA MUNDIAL DA VOZ...

CONTINUANDO...

Deixo-vos, hoje, algumas das vozes que aproveitei para relembrar, entre tantas outras que ficaram em "lista de espera"...

CLICA NOS TÍTULOS PARA OUVIRES

Pagny canta Jacques Brel:


Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le cœur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vu deux fois
Leurs cœurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je n'vais plus pleurer
Je n'vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Mais
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas.


Et maintenant
Que vais je faire
De tout ce temps
Que sera ma vie
De tous ces gens
Qui m'indiffèrent
Et maintenant
Que tu es partie
Toutes ces nuits
Pourquoi pour qui
Et ce matin
Qui revient pour rien
Mon coeur qui bat
Pour qui pour quoi
Qui bat trop fort
Trop fort
Et maintenant
Que vais je faire
Vers quel néant
Glissera ma vie
Tu m'as laissé
La terre entière
Oui mais la terre
Sans toi c'est petit
Vous mes amis
Soyez gentils
Vous savez bien
Que l'on y peut rien
Même Paris
Crève d'ennui
Toutes ces rues
Me tuent
Et maintenant
Que vais je faire
Je vais en rire
Pour ne plus pleurer
Je vais bruler
Des nuits entières
Puis au matin
Je te hairai
Et puis un soir
Dans mon miroir
Je verrai bien
La fin du chemin
Pas une fleur
Et pas de pleurs
Au moment de
L'adieu
Je n'ai vraiment
Plus rien à faire
Je n'ai vraiment
Plus rien
________________________________________________________


sexta-feira, 2 de abril de 2010

DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL



ESTÁ NA HORA DO CONTO!

O DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL COMEMORA-SE HOJE, DIA 2 DE ABRIL...

Dia em que nasceu Hans Christian Andersen.
(1805-1875)
Em 2010, a mensagem do DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL é assinada por Eliacer Cansino Macías, autor sevilhano de romances para jovens e adultos e professor de filosofia, que descreve assim o seu primeiro contacto com a leitura:


«Um dia, a minha mão, à procura de alguma coisa, tocou na lombada do livro. Se eu fosse livro, contaria a coisa assim: «Certo dia, a mão de um menino roçou na minha capa e eu senti que as minhas velas se desdobravam e eu começava a navegar.» Que surpresa quando, por fim, os meus olhos tiveram na frente aquele objecto! Era um pequeno livro de capa vermelha e marca-de-água dourada. Abri-o expectante como quem encontra um cofre e ansioso por conhecer o seu conteúdo. E não era para menos. Mal comecei a ler, compreendi que a aventura estava servida: a valentia do protagonista, as personagens bondosas, as malvadas, as ilustrações com frases em pé-de-página que observava uma e outra vez, o perigo, as surpresas…, tudo isso me transportou a um mundo apaixonante e desconhecido.»




A MAGIA DA LEITURA

from singsfish on Vimeo.

BIBLIOTECA PARA PRÉ-LEITORES

SUGESTÃO:



SEGUNDO O SOL (SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO DE LEITURA)




Para LER + e MELHOR







PARA LER + E MELHOR

As coordenadas do sonho - conto colaborativo



A partir de um conto colaborativo, criado nas aulas de Língua Portuguesa e Português, pelos alunos do 3º ciclo e secundário da Escola Básica Integrada de Vila Cova, elaborou-se um livro digital, utilizando a ferramenta em linha Myebook.


Ligação para o livro: http://www.myebook.com/ebook_viewer.php?ebookId=9776


Paulo M. Faria, As coordenadas do sonho - conto colaborativo, Apr 2010

Este é, sem dúvida, um excelente desafio para as aulas de Língua Portuguesa! Não acham?

Deixem o vosso comentário.